Escrever um livro novo
Porque, afinal,
como em todos os contos da infância:
Acabou a nossa história"
Esta história chegou ao fim"
Já consegui percorrer um bom pedaço do caminho, escrever um novo capítulo deste livro.
/*cookies*/ /*em personalizar-avançadas-css tem mais partes. Bolachas/
14/08
Fomos caminhar pelo meio dos caminhos antigos: eu, o meu irmão, o meu pai e a minha mãe. No meio do mato. No meio do nada. Como nos escuteiros.
Foi muito parecido com os escuteiros - a minha mãe era aquela personagem que andava sempre a mil km/h (super acelerada) , o meu pai era aquele que andava quase com velocidade negativa (sentido contrário - a velocidade indica o sentido do movimento; marcha atrás ; caranguejo; etc) .
- "ANDEM MAIS DEPRESSA!"
- "fogo vocês não podem andar mais devagar?! "
- "Para que é que vieste? Se não querias vir mais valia teres ficado em casa"
- "ai que barulho foi este? E se for um javali? ? Ou um lobo!"
- "E se formos atacados por animais em pânico ?? Eu ouvi tiros de caçadores"
- "Não se preocupem, EU TENHO UMA FACA... Ok é só uma navalha pequena"
- "está a ficar tão escuro!!! E agora, ninguém tem lanternas? "
- "é este o caminho certo? Têm a certeza que viemos por aqui? "
- "OLHEM ESTE FENÓMENO: uma pedra em cima da outra"
- "Se a pedra é de cor clara quer dizer que é leucocrata e é composta essencialmente por minerais félsicos (.....) "
- "Cala-te estúpida, eu tenho geometria,"
- "AS SILVAS ARRANHARAM-ME A PERNA"
- "MOSQUITOS"
- "Tenho fome"
- "Estou cansado"
- "Parece que nunca mais chegamos ao destino"
- "EPA só sabes reclamar"
- "Tenham calma "
- "Olhem a Lua e as estrelas, tão bonitas"
Foi divertido, eheh.
>:D
I look at the mirror and tell me myself
What I would like to hear
And what I would like to say
I keep hours on it,
as if you were there with me
I remember the memories
The past and the present
The ones I've spent and I'm spending
Or wasted and wasting
it depends on your perspective
Fantazing about the future
The one I idealize
I always dream a lot
About things that, probably,
will never come true
I look at the mirror and tell me myself
What I would like to say
What I would like to do
I keep hours on it,
as if you could hear it too
I keep hours on it as if you were there with me
I keep hours on it as if you could hear it too
I keep hours on it, until reality comes back
and I don't know what I'm doing anymore
I don't like the pressure.
It's too much pressure on me.
I know I have things to do. I will do them, even if slowly. I will do them. I know what I have to do. I don't need you to put even more pressure on me. Because I can't stand it. I hate this feeling. It just makes me want to run away and do nothing at all. So, don't do that. Don't press the pressure on me. It can get worse. I already have enough from myself and to myself. For now, I will do everything, even if slowly. Don't try to put me in a rush. It makes me feel terrible, and, while I'm like that, I can't do anything at all. It just gets worse. Let me do things the way I can. Let me calm down first. I know it will be just fine. Don't make me start to believe otherwise. Because if it happens, then it's over.
A certain woman is stressed. She had a long working day. She is not having one of her best days. Altough she gave her best and almost all the time she had doing her job, the essays she gave to her boss had some little mistakes... Mr. Boss wasn't happy at all.
Now, that certain woman is coming back home. She is feeling awful. It seems like her hard work never pays off. She wish she could rest at home. But no... There are so many things still left to do. In fact, this just makes her feel worse. But what can she do?
She decided to take a short nap, to see if she could kick the ass of all these bad feelings flying around her mind and body... After the nap she would be fully restored... Or so she thought.
The truth is that she completely fell asleep and only woke up on the next day.
Oh, right, she was also late for work.
12/08
10h30min ~ 11h08min
Sobre: noite 11/08, manhã 12/08
Fui a primeira a ir dormir. Estava tão exausta, como é que eles aguentaram até tão tarde na festa da aldeia? Ando extremamente cansada ultimamente. Mas pelo menos posso dizer que hoje não foi mais um dia desperdiçado sem fazer nada. Desta vez trabalhamos e ajudei, foi um longo dia. Senti-me melhor, mas ainda estava exausta. Como me deitei cedo planeei em acordar mais cedo, mas foi impossível ~ acordei tarde à mesma xd
E ainda me sinto cansada!
Ontem à noite não conseguia desligar os meus pensamentos... E a música da festa no centro da aldeia não se calava, ou o cãozinho que estava sozinho e não parava de chorar por querer companhia. Aquilo que me faz continuar okay dentro dos possíveis é a esperança de que vai ficar tudo okay com as outras pessoas. Contudo, é um bocado difícil de acreditar nisso quando estou totalmente perdida, sou a causa da perdição dos outros e estou totalmente sem garantias de nada, e impossibilitada de comunicar ou de receber quaisquer comunicação.
Adormeci a ouvir, perto do meu ouvido, uma terapia para focar na respiração, focar no presente, focar em nós, e esquecer tudo o resto que nos preocupava - essa terapia era aconselhada para quem não se consegue livrar de pensamentos negativos/preocupações e para quem não consegue dormir, e tende a relaxar as pessoas progressivamente e a situá-las no presente. Era um áudio de 8 minutos mas eu não me lembro de ter chegado até ao fim (o que significa que teve sucesso na sua função). Obrigada.
Estou a ficar com fome, acho que me vou levantar da cama, fazê-la, vestir-me, fazer a higiene normal e ir comer. Sim, tenho mesmo fome. Ah! Por falar em fome, ontem voltei a comer porções mais aceitáveis de comida ao jantar. Posso até dizer que voltei a comer muito. Tinha fome, então fui comendo. Estou parcialmente contente por isso tendo em conta que nos últimos dias não comi nada de jeito mas também não tinha apetite/fome para tal. Nas últimas semanas qualquer coisa pequenina que comia já me fazia sentir cheia ou mal disposta... O jantar de ontem foi muito bom para mim. Mas ainda me sinto demasiado cansada fisicamente btw. se consegui voltar a comer decentemente pelo menos uma vez acho que também vou conseguir superar isso.
30/11/2018
Today, I still do the same as described above. It happens... Nothing seems to have changed...
14/11/2018
... i just woke up and the first class already started. In the past few weeks I'm always missing the fisrt class somehow...
Right now, I only have 5 weeks until the end of semester.
I dont know... Was this suppose to be different?
I feel tired since the first week. I know I can't keep avoiding the work, and if I dont start taking this seriously now, it will be too late (maybe it's already too late...). I've been studying some stuff but it's not enough.
They say it's only the first year that's worse so I dont want to give up for now. But at the same time... I mean... Im paying for this. Shouldnt this being more enjoyable somehow?
It's not that i dont like what they "teach" us (do they even teach?), however, everything goes so fast... I'm too slow for this. Theoric classes are just bullshit, i dont understand nothing at all and they dont care. If i get to understand something is in the pratic ones, but they are always "late" when compared to the rest. On exams will be also the stuff we didn't have time to see on the pratic classes.
I know I have to work hard, there's no other way.
But i feel like i've already lost.
On the other hand, I've felt like this before in my life.
Last year, I also felt like I had already lost. That I wouldn't be able to be here.
Well, now I am here. Do you believe that?
Since I had already "lost", I hadn't nothing else to lose. So I still tried. Because the "no" was always there... And somehow I have conquered the "yes". I am here!
Maybe I just need to do the same again.
Sábado, 11/08/2018 - tarde
Fomos a umas piscinas em Espanha. Não queria ir, nem aproveitar. Mas que benefícios isso me traria? Não sei, mas sei que não estava com vontade de fazer nada para além de (adivinhem...?) chorar. Mas isso não me traria benefício nenhum, isso não ia mudar nada, não valia a pena continuar assim uma vez que era insignificante para todos - exceto para mim. Então tentei dar uma chance. Já quase no final, aproximei-me da água. Estava tão fria. Queria voltar para trás mas comecei a observar as minhas pernas a subir e a descer dentro da água. Aquela ação era estranhamente relaxante... Apesar disso, atingiam-me leves pensamentos de que se mergulhasse, merecia afogar-me. Ainda assim, foi tranquilizante.
Passado algum tempo, uma criança passou na borda da piscina a correr e a atirar água por todo lado. Quando ela passasse por mim, tinha a certeza que eu iria cair na água ou molhar-me-ia da cabeça aos pés. Em poucos segundos tudo deixou de importar - ia deixar que uma criança me molhasse/atirasse para a água contra a minha vontade, ou mergulhava deliberadamente? Sem pensar muito, deixei-me cair para a água por vontade própria. tudo à minha volta era água. Água fria. Havia apenas uma escassa linha entre o que separava o interior do meu corpo e a água. A minha alma tornou-se água. Os meus pensamentos dissolveram-se com ela. A única coisa que importava naquele momento era eu. Como se estivesse temporariamente liberta de tudo. Soube tão bem... Todas aquelas emoções fervilhantes e explosivas insuportáveis foram controladas pela temperatura baixa da água. Por segundos, a única coisa que existia no mundo era eu e a água.
Aproveitei para nadar um bocado. As piscinas eram naturais, por isso estavam envoltas por elementos da natureza (no shit sherlock) - árvores, plantas lacustres, elementos rochosos. Afastei-me da zona mais segura onde toda a gente se concentrava e nadei até uma espécie de orla, onde tive medo de avançar porque não sabia o que vinha depois de tantos insetos, rochas, plantas aquáticas, e ninguém sabe o que mais. Deixei-me ficar por ali, naquele sítio tão bonito, sozinha, a boiar de barriga para cima. A sensação que aquela paisagem me deu foi única. Olhei para o céu, tão limpo, puramente azul, com o sol ligeiramente oculto nas folhas das árvores com as suas copas inclinadas sobre a água. Por entre o verde das folhas ocorria a passagem de raios de sol, luz, radiante. Deixei de ouvir qualquer espécie de som. Só eu e a natureza envolvente existiamos no universo - nem sequer o tempo existia entre nós. Ao longe, no céu, avistei uma ave grande, ao que parecia ser uma águia. Lentamente, as coisas à minha volta recomeçaram o seu movimento, a realidade foi retornando ao habitual: senti o bater do meu coração, a minha respiração, a temperatura fria nas extremidades do corpo, o calor do sol na minha cara. Percebi assim que estava a começar a ficar cansada de me manter à superfície da água, que o sol me estava a queimar a pele e que começava a ter frio e a tremer (sentir isto tudo ao mesmo tempo foi engraçado). Decidi então voltar para a toalha, a pensar no quão estranho foi o fenómeno que tinha acabado de presenciar.
Sábado, 11/08/2018 - manhã
Estava previsto partirmos às 7 da manhã, mas mais uma vez eram apenas os planos irrealistas do meu pai a falarem mais alto. Partimos cedo mas não tão cedo. Eram quase 10h da manhã quando saímos de casa. Tomei um longo banho antes de sair, banhos costumam reconfortar-me por um bom tempo, mas este foi por menos tempo do que o esperado. Não consegui sequer terminar o banho sem que a minha alma voltasse a pesar.
Durante as 3h de atraso, aconteceu aquilo que descrevi no post anterior, sobre o cão e a gata. Não apenas isso: como eu acreditei que íamos sair às 7h da manhã, acordei/tentei acordar 2h antes. E adivinhem o que me fez acordar a sério... Mensagens dele. Fiz a postagem sobre a Razão convicta daquilo que estava a fazer. Depois ele respondeu às minhas mensagens e o meu mundo voltou a deixar de fazer sentido. Conversamos pelo que eu penso ter sido a última vez. De todas as vezes que temos conversado parece sempre que será a última vez, aliás, desde que terminámos eu sempre fiquei com a ideia de que seria a última vez (e definitivamente não foi...), porém, penso ter sido diferente (talvez não devesse?) . Acho que foi mesmo a última vez. Foi uma manhã bastante atribulada... Senti-me na necessidade de escrever mais e mais porque senti-me mais e mais perdida.
Ainda por cima, vou viajar por 10 dias a partir de HOJE, e na aldeia não tenho internet em lado nenhum, ou sequer rede de telemóvel. Nadinha... Achei que estava a precisar de uns tempos como estes, longe de tudo; no entanto, já me está a custar mais do que previ. Espero encontrar WiFi em algum café... Talvez seja isto a que chamam de vício, talvez eu deva combater esse vício, mas eu estou mesmo com necessidade de conversar com alguém... De esclarecer várias coisas... De saber se está tudo bem com outras pessoas... Essas coisas que a internet nos permite fazer.
Como não tenho essas opções a meu dispor, escrevo aqui, guardando tudo nos rascunhos... Ao mesmo tempo tenho planeado um monte de atividades que posso fazer e que geralmente não faria por estar tão distraída no computador ou a perder tempo a ser negativa. Vou tentar aproveitar... Apesar de saber que me vai custar no início, eu sei que este tempo sozinha e apenas com família vai acabar por me fazer bem e que eu preciso disto. Certamente que estes vão ser uns longos dias...
O tempo demora a passar. Estou sem internet, estou sem conversar. Preocupa-me demasiado e não consigo fazer nada. Como estão vocês, meus amigos? Sei que as coisas estão difíceis... Gostaria de poder ajudar. Sorrir e fazer-vos sorrir. Demonstrar todo o carinho e ternura que tenho por vós, fazer-vos saber que estou ali. Mas não. Não tenho internet. Estou só. Mesmo rodeada de gente, estou só. Com pessoas à frente. Ouço as conversas vazias dos outros, mas não participo. Estou isolada entre uma multidão. Tenho sono, estou cansada. Quero dormir no meio de conversas vazias. O meu corpo está aqui preso, mas acreditem, a minha alma está com vocês. A minha alma inquieta. Estou preocupada. Numa vontade incontrolável de chegar a casa. E saber se está tudo bem... Se vai ficar tudo bem... O meu mais íntimo desejo.
19/08
Tinha de partilhar isto com vocês. É do livro que estou a ler. A história é cheia de surpresas chocantes e o facto de, depois de me deixar em perplexa/assustada/ansiosa, ainda me conseguir fazer rir/sorrir e criar empatia enquanto leio está a fazer-me adorar esta trama toda. Aqui fica este excerto:
"Não conseguiram chegar a acordo quanto à melhor forma de celebrarem o terem conseguido apanhar a Chave da Terra. Maccabee queria mulheres; Baitsakhan só estava de acordo se pudesse matá-las assim que acabassem de se servir delas. Maccabee queria beber um copo; Baitsakhan insistia em que nunca tocaria em álcool. Maccabee queria ver a cidade, Baitsakhan odeia toda e qualquer cidade que não seja Ulaanbaatar.
Portanto, compraram uma X-Box One e jogaram Call of Duty: Ghosts até os olhos lhes arderem. "
ps : odeio estes dois e mesmo assim... Ughhh que relação de amor-ódio(¿) é esta?? De qualquer modo, esta citação não é nada de especial, mas não consegui deixar de me rir quando me defrontei com ela pela primeira vez.
18/08
Terminei o livro que estava a ler. Não trouxe mais livros comigo, mas sabia que havia livros aqui, na casa dos meus avós. Livros que não são recentes e que me fascinam tanto. Fui à divisão onde estão as estantes dos livros e deparei-me com um amontoado desorganizado e mal cuidado. NÃO PODIA DEIXAR OS LIVRINHOS DAQUELA MANEIRA. Decidi arrumar as prateleiras e organizar de acordo com os conteúdos apresentados. Demorou algum tempo, as minhas mãos ficaram pretas por causa do pó, mas consegui deixar apresentável a parte que possuía o material das leituras. Simultaneamente, folheava, lia excertos aleatórios, separava as obras que me chamavam a atenção, tentava tirar o pó e não estragar as antiguidades que já se deterioravam por causa dos bichinhos que se escondiam por entre as páginas e se alimentavam do papel mais velho (sim... Bichinhos que comem relíquias :< ). Encontrei tanta coisa interessante, e a maioria está em bom estado~ Agora quero ler tudo. Só por causa desta aventura a arrumar prateleiras, já tenho umas quantas histórias engraçadas a adicionar a determinados acontecimentos igualmente engraçados. Isto é, como por exemplo, encontrar livros escolares da minha mãe e do meu tio, com os apontamentos curiosos deles; a matemática de 12º ano do seu tempo de estudantes foi igual à minha - matemática intemporal , fantástico ; rimas camonianas, Os Lusíadas, Os Maias, Camilo Castelo Branco ; manuais que usaram na universidade ; bandas desenhadas tanto para miúdos como para graúdos ; não-sei-quantos livros de mistérios criminais com mulheres nuas na capa ; um livro de literatura erótica com uma capa falsa em cima para disfarçar (cofcof... devo pensar que eram coisas do meu tio?¿ Achavas que nunca ninguém iria descobrir mas aqui estou eu c^: seja quem for, pode ficar descansado porque vou virar cúmplice no crime cofcofcof) ; histórias de amor inocentes de adultos ou adolescentes muito fofinhas (<3) ; livros de acontecimentos históricos (verídicos) com uma pitada de imaginação e romance ; livros que abordam reflexões pessoais e a sociedade "atual" (agora talvez já não será tão atual porque é sobre sociedade antes do novo milénio -> o que me capta ainda mais a atenção) ; pelo menos dois livros sobre mulheres que procuram ser felizes ou encontrar o homem ideal mas sem sucesso (uma delas é prostituta e mostra um pouco a sua realidade e pensamentos e problemas,etc, a outra está cansada de tarados e procura um homem impotente mas corre tudo mal e ela não se satisfaz babababaa OK não importa agora mas estou interessada nesses dois livros que parecem apresentar-nos a realidade de várias pessoas, realidade essa à qual não costumo ter acesso facilmente); livros sobre a cultura e tradição do nosso país e de outros países; entre outrooooos ! Enfim, uma fonte mágica de conhecimento~~
Divaguei demasiado skdjdkdj desculpem
Resumidamente, eu vou começar por algum dos livros e ler. Se entretanto realmente gostar, partilho com vocês algumas partes! <3
Não gosto de pimentos, mas hoje decidi comer pimentos. Deixar de ser esquisita. Quando era mais nova gostava de pimentos, mas por alguma razão deixei de gostar e deixei de os comer. Hoje comi pimentos. Sinceramente, não foi tão mau como esperava. Fui comendo. Não sei porque é que tinha deixado de gostar deles. Não são tão horríveis como pensei que eram.
Talvez, afinal, goste de pimentos.
15/08
Às vezes a minha família irrita-me
tanto, mas tanto
Fico a explodir, mal humorada, digo coisas que não devia. Arrependo-me sem evidenciar nada. Não demonstro que, no fundo, gosto muito deles
tanto, mas tanto
Reajo como se os odiasse. Sinto-me como se os odiasse. Explodo. Sei que não o demonstro... Não demonstro que a verdadeira verdade é que é mentira. Não os odeio, então isso é tudo mentira. É mentira. Tenho a certeza que esse ódio é mentira. Gostaria de me desculpar perante vocês, no entanto, suponho que o saibam pelo meu olhar.
Porque eu amo a minha família...
Tanto, mas tanto.
I yell to the Sun
Hoping my words will reach him
If they reach him, then they could easily reach the Earth
I yell hoping the words won't reach only the Sun
I'm hoping the words will reach the World
I yell to the Sun
They are alone even with thousands athoms around them
Why?
Why there is no one to help?
I yell for it, not for me, for them
I yell to the Sun
Because he always get up in the morning
Because there is no one else
Maybe he could help someone getting up the same way he does every day
Even if I get his warmth brigthness
Yellowly white light in my face
I know, I know
This smooth nicey feel
It is blinding my eyes
I can't see
I yell
I yell
Please help someone getting up in the morning
Make them free
Make them free
Please, make them free
I whisper to the Moon
I tell her all my wishes
I tell her my secrets
She is my friend
My confident
I tell her everything good
My dreams
My fantasies
My love
My love
Recomecei a ler o livro que pausei no verão do ano passado. Decidi que o vou terminar. Decidi que vou dedicar mais tempo a coisas que eu sempre gostei muito de fazer mas que acabava por deixar para depois por estar muito "ocupada" ou demasiado "desocupada". Decidi que vou dedicar mais tempo a mim mesma. Não estou a dizer que antes não tinha tempo para mim, eu tinha, mas raramente o aproveitava. Não me vou esquecer dos meus hobbies, dos meus passatempos ou daquilo que me faz sentir bem. Não vou negligenciar essas pequenas coisas que me fazem sentir simplesmente feliz, abstraída de tudo, relaxada. Vou ficar revigorada e mais forte. Não sei quanto tempo vai demorar, mas vou. Faz parte do crescimento como ser humano. Crescer. Aprender com o passado e aprimorar o presente, visando um futuro melhor... É assim que quero pensar. Vou ter tempo para mim, vou ter tempo de lazer, trabalho, tempo para os outros. Vou ter tempo para tudo, tudo equilibrado. É esse o meu ideal. Não vou dedicar 90% do tempo a apenas uma coisa só, seja ela do que for. Vou ter limites definidos e vou cumpri-los... Pelo menos é isso que eu gostaria. Talvez seja impossível, porque geralmente eu só me consigo focar numa coisa de cada vez, e enquanto não concluo essa coisa eu não consigo pensar em mais nada e faço-a até terminar, independentemente do tempo que demorar. Talvez seja impossível mas é isto que gostaria de tornar real, tempo organizado e limites cumpridos. Dessa forma estarei apegada a tudo, mas ao mesmo tempo não demasiado apegada ou obcecada com nada. Estarei igualmente distribuída e com ideais definidos. Sempre firme e de pé, segura de alguma forma, mesmo que um dos parâmetros se vá abaixo. Afinal, como estou igualmente dividida por diversos fatores, se um deles for destruído eu ainda terei os outros, não irei perder tudo de uma só vez, e poderei reconstruir o que perdi ou algo novo a partir do que ainda sobrou de mim mesma. Sim, é isso. Confuso? Talvez, mas é esta a minha ideia. O meu ideal.
Espero que esteja tudo bem contigo. Sei que estar tudo bem é impossível, mas desejo que estejas o mais próximo possível disso. Se não estiveres, desejo fortemente que tudo se recomponha o mais depressa possível. Tudo dentro dos possíveis, claro. Talvez penses que é impossível, mas não é, eu sei que não é, espero que o saibas também. Para mim também é difícil, acredita, porém, estou a dar o meu máximo e acredito agora que estou mais próxima de me recuperar do que há uns dias atrás. Eu desejo, eu desejo, eu desejo. Eu realmente desejo o melhor para ti. E eu sei que o melhor para ti não sou eu. O melhor para ti não pode nunca ser única e exclusivamente outra pessoa. O melhor para ti tem de vir de ti próprio, percebes isso? Claro que outras pessoas nos podem ajudar a sentir melhor, mas ninguém te pode fazer sentir bem se tu não sentires por um único segundo que te vais sentir bem. Aceita a ajuda de outros e torna a força e apoio deles em algo que possas afirmar que é teu. Isto faz sentido? Não sei, como habitualmente, eu não sei nada. Mas eu sei aquilo que desejo. Desejo-te tudo do melhor... É o que desejo. E acredito que a morte não é o melhor caminho, porque sei que a vida ainda te reserva tanta coisa boa. Eu sei. Eu sei. Se não acreditas em ti, espero que um dia (não precisa de ser hoje) possas ser capaz de reacreditar em mim.
Desculpa por te ter feito iniciar a travessia por este período tão mau... Mas,
Eu acredito em ti.
E desejo-te tudo do melhor...
O cão e a gata. Vieram os dois até mim. A gata afastou-se. O cão olhou para e ficou imóvel alguns segundos - pensou se ia com ela ou se ficava comigo. O cão deitou-se encostado a mim. Ela continuou a ir. Depois voltou, e foi-se de novo. Quando estava longe, miou, miou, miou. Três vezes. Estava com fome. O cão continuou ao meu lado, deitado. A gata voltou para perto de novo, talvez irritada. Queria brincar comigo, mas estava chateada. Pelo menos, parecia. Começou a arranhar-me as pernas com e a morder a minha mão - é um comportamento normal para os gatos, mas ela nunca o tinha feito, nunca me tinha magoado. Era como se ela soubesse que íamos embora e me quisesse agarrar. Como se ela soubesse de tudo. Como se ela fosse ele(1), e o cão ele(2). Como se os animais soubessem e me dissessem o que estava a acontecer.
Como se soubessem...
Não podemos trazer a gata connosco, então deixamos la comida. Ela ficou a comer. Ela ficou... O cão vem connosco....
E eu só tenho vontade de chorar novamente.
Porque é que falas como se fosse fácil para mim. Porque é que num instante acho que tomei uma decisão e que essa decisão é a que trará melhores resultados a longo prazo e no instante imediatamente a seguir me cai tudo novamente. Porque é que estou a chorar. Porque é que eu não consigo vizualizar novamente que as coisas eventualmente irão melhorar. Porque é que estou a chorar de novo, como se fosse o fim do mundo... Se SEI que não é o fim do mundo, porque é que eu me sinto como se fosse? Estou tão perdida, o que devo fazer? A Razão era a minha salvação, onde é que ela está agora? Onde...? Digam-me onde é que está a resposta certa. O que devo fazer. Alguém. Eu. Eu preciso de respostas. Não estou a ser capaz de as alcançar... Claramente não estou.
Não sei o que fazer. Nunca estive nesta situação. Nunca fui eu a dizer que não, nunca fui eu a ser racional. Mas é necessário haver um equilíbrio. É necessário. Foi isso que me ensinaste. Ensinaste-me que as emoções nem sempre são aquilo que nos leva aos caminhos a que devemos ir. Às vezes, não se pode ouvir apenas o coração. O coração às vezes engana... E eu sei que a mente também. A mente também mente. Tanto a mente como o coração, sozinhos, são muito perigosos. Tem que existir um equilíbrio, foi isso que aprendi contigo. É o que estou a fazer. Estou a ser racional... Estou a ser racional. Parcialmente racional. Racional... Por muito que as emoções me tentem cegar, a Razão permite-me continuar firme neste momento. Racionalmente positiva. Acredito que é o melhor a fazer por agora... Ainda que tenha de lutar contra mim própria. Nesta luta, a Emoção está claramente derrotada, desesperada porque já não consegue nadar em sorrisos num mar feito de lágrimas. Está desesperada porque não encontra os sorrisos esperançosos que um dia existiram naquele mar feito de choro, e o seu desespero por sorrisos está a transformá-la em algo que não é, está a transformá-la num ser prejudicial, destrutivo. Não desiste de me tentar sufocar, de me tentar fechar os olhos, de me fazer chorar, e, sem que ela tenha consciência disso, o mar de lágrimas aumenta de dimensão, tudo por desespero, o desespero de um sorriso, um desespero por sorrisos que se perderam num mar de lamúrias, sorrisos que acabam em tormentas... E mais lágrimas... Para o mar das lágrimas... No fundo, a Emoção só piora a sua condição por causa desse desespero, mas ela não tem noção disso. Não tem noção disso porque ela não pensa. Só sente. E os sentimentos estão completamente distorcidos neste exato momento.
É por isso que, por agora, a Razão será a minha bóia, a minha salvação. A Razão é o que me vai permitir nadar até à terra firme, pôr finalmente os pés no chão, respirar calmamente o ar que respiro e descobrir aquilo que ainda há de vir, sem me afogar. A Razão consegue percepcionar sorrisos futuros, assim que a Emoção se acalmar e voltar ao normal. A Razão vai ajudar a Emoção porque, juntas, são um só. E, quando a situação contrária acontecer, quando a Razão praticamente perecer, será a vez da Emoção apoiar a Razão.
Os meus olhos estão tão pesados, o meu peito também
Tudo pesa
Tudo me arrasta... Quero dormir, quero chorar, não quero avançar, ...
Os meus olhos pesam muito. Estou exausta, mas não fiz nada que eu pudesse orgulhar-me de ter posto o meu esforço.
Estou exausta mesmo sem fazer nada.
Os meus olhos querem fechar, o meu corpo quer repousar. A minha mente quer bloquear.
Sinto tudo tão pesado, o meu corpo está pesado, a minha alma está pesada.
Em contrapartida, perdi 5kg. Não sei se foi de agora ou de antes, mas sei que perdi 5kg. Não sei se me devia preocupar. O meu peso sempre foi abaixo de média, mas eu finalmente tinha alcançado um limite próximo do normal... E estava contente comigo por isso. Mas, de algum modo, perdi 5kg. Não foi de propósito. Nem sei como aconteceu - desde que a escola terminou a minha atividade física desceu muito, o que geralmente indicaria um possível aumento de peso. A verdade é que a minha vontade de comer decaiu muito em menos de 3 dias - como foi tão pouco tempo, não acredito que tenha sido o suficiente para subitamente perder tanto, por isso acho que este fenómeno não foi de agora... Ainda assim, devia preocupar-me? É engraçado como eu me esforcei tanto para atingir a meta anterior e levou-me anos para ganhar aqueles quilinhos até estar próxima da linha verde do IMC normal. Eu estava satisfeita. Mas perdi tudo de novo. Não que isso me importe, nada me importa. na verdade eu nao quero saber assim tanto do meu corpo, mas, só me questiono se me deveria preocupar em termos de saúde ou doença. Deveria?
Cheguei a um ponto em que a minha mãe frequentemente me pergunta se estou doente ou o que tenho. Sendo que o meu tio está com problemas de depressão, talvez ela tenha ficado mais alerta para esse tipo de situações. Vejo a preocupação nos seus olhos. Ou via. No início ela estava compreensiva, mas agora é como se ela tivesse construído a ideia de que estou assim intencionalmente, como se os afastasse de propósito ou nao comesse tanto só porque me quero impor ou mostrar ingratidão. No fundo eu sei que ela esta irritada comigo, ela ate reclama com outras pessoas. Não faço nada o dia todo, é de propósito só para ela ser novamente a escrava da casa. É de propósito porque não lhe dou o devido valor. É de propósito porque eu não tenho motivos nenhuns para estar desta maneira e ela está exausta de tanto trabalhar por nós. Sou só uma menina mimada e preguiçosa que não faz nada porque simplesmente não quer. O meu pai tambem já anda a ficar sem paciencia e acha que faço tudo so para me rir da cara dele; btw, nao sei onde é que ele acha onde é que estas situações poderiam ser engraçadas para mim ou como é que eu teria proveito em rir de alguém que explode e me grita nos ouvidos e se pudesse partia a casa toda. Onde é que isso é engraçado? Onde. Eu percebo que possam estar preocupados, mas as suas atitudes só me deixam pior e a pensar o pior. Desculpem por ser uma falha. Sempre fizeram tanto por mim e é esta desgraça que recebem em troca, a destruição das vossas vidas felizes antes da minha existência.
O que deve ser engraçado deve ser só a minha situação miserável, que idiota, deixando-me afetar por coisas tão mínimas. Isso, riam-se... Isto é quase o circo.
Eu disse que iria fazer algo mais em vez de apenas me deitar na cama... E chorar...
Por isso está na hora de levantar.
Levanta-te.
Porque é que te vais abaixo tão facilmente? Com tão pouco... Basta tão pouco para te fazer sentir tanto.
Regras:- Dar créditos ao Forever Sapo por traduzir a tag do tumblrQuanto à repassagem, eu não sei muito bem a quem deva passar, mas aqui vai:
- Repassar a pelo menos 3 pessoas
- É possível escolher entre dar respostas curtas ou elaborá-las
Foi numa destas ocasiões que me deparei pela primeira vez com esta novela gráfica (estilo banda desenhada) "O Diário de Anne Frank", autoria de Ari Folman e David Polonsky.