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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Montanha desordenada de peças perdidas e soltas

O vento leva os cabelos e as folhas das árvores. Despenteia, tira-me a visão. As pessoas que passam devem pensar: "que rapariga descuidada, nem ajeita o cabelo". Mas gosto desta sensação, não quero saber (na verdade, talvez queira um pouco...). Uma parte de mim condena-me por determinadas atitudes. A outra parte ignora - ignora e é feliz por si só. Porém, nós somos um todo. Ainda que uma esteja feliz, a outra continuará atormentada. E eu sou claramente a mistura de todas elas, sou constituída por diferentes divisões que estão conjugadas num inteiro. Não diria que seja semelhante a um puzzle que se completa ao encaixar as peças umas nas outras - é mais parecido com uma montanha desordenada de peças perdidas e soltas. Sinto que o meu eu é tal e qual um emaranhado de equações impossíveis sem conjunto de solução, um caso de codominância de características que se expressam de igual forma, uma mixórdia heterogénea onde todas as substâncias se evidenciam, formas psicológicas contrárias entre si, valores e ideais opostos e incompatíveis que coexistem com incerteza e confusão. Tudo isto em mim. Tudo isto, eu.



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